• Moka Only - Doctor Do Much (2013)

    Mixtape grátis do Moka Only no bandcamp. Produções de qualidade e aquela levada underground característica. Mercy Pulsating 1- Mercy 2- Cool 3- Together 4- And It's So Right 5- Keep Ta...

  • Tech N9ne - Something Else (2013)

    Novo trampo do Tech N9ne, mais pesado do que nunca. Como diria meu mano Loko do Cerrado, um dos mestres. Straight Out The Gate My Haiku-Burn The World 1. News With Mark Alford 1 (sk...

  • Arsonists - As The World Burns (1999)

    Backdraft Pyromaniax 1. Intro 2. Backdraft 3. Shit Ain't Sweet 4. Pyromaniax 5. Underground Vandal 6. Blaze 7. Venom 8. Frienemies 9. Lt. Worf & Chewbacca 10...

  • Phonte (Of Little Brother) - The Brother Phonte (2010)

    Integrante do extinto trio   Little Brother, atualmente metade do duo Foreign Exchange, mc e cantor de r&b (muitas vezes sobre o pseudônimo de Percy Miracles) nomeado ao Grammy. Tudo isso...

  • Non Prophets - Hope (2003)

    Duo formado pelo mc Sage Francis e pelo produtor Joe Beats. Underground de qualidade. Any Port Xaul Zan's Heart 1- Intro 2- Any Port 3- Damage 4- That Ain't Right 5- Disasters 6- Fres...

  • O.C. - Word... Life (1994)

    Debut do O.C., que também faz parte do lendário coletivo D.I.T.C.. O álbum é bem lembrado por causa do single Times Up. Inclusive o instrumental foi usado em uma batalha do filme 8 Mile e foi usado...

  • Das Efx

    Os dois manos já vem com 20 anos de carreira. Formado pelos rappers Skoob, também conhecido por Books (nascido Willie Hines em 2 de janeiro 1971) e por Dre, também conhecido por Krayzy Drayzy (nascid...

  • C.L. Smooth - The Outsider (2007)

    The Outsider Who You Gonna Trust 1- Intro...All We Ever Know 2- I Need A Boss (Remix) 3- No Justice 4- Impossible (J. Period Remix) 5- I Gotta Love (Live In Holland) 6- Down With Th...

  • C.L. Smooth - Man On Fire (The Freestyle Sessions) (2006)

    Mas esse cd aí surpreende C.L Smooth neguin já sabe qual é o peso do cara. Agora imagina ele inspirado largando uns freestyles doidos em cima de várias bases famosas como Running (J. Dilla) do Phar...

  • Flycat - Our Sign

    O que faz um italiano rimando com levada chicana? Resposta: um álbum muito foda de ponta a ponta. Psycho Chick Undisputed Truth 1- Prelude 2- Stile 3- Our Father (feat. Cynic) 4-...

Home » » Rappers Contam Suas Vidas Pelos Olhos das Mães

Rappers Contam Suas Vidas Pelos Olhos das Mães

Documentário Mães do Hip Hop tem pré-lançamento no sábado (hoje), véspera do Dia das Mães. Cinco cantores de rap do Morro Agudo, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), tiveram uma ideia diferente: contar as suas vidas pelos depoimentos das mães. Assim nasceu o documentário Mães do Hip Hop.
Através delas, o filme faz uma panorâmica social da juventude na Baixada Fluminense e mostra o papel do hip hop na transformação da vida desses jovens. O pré-lançamento acontece no Espaço Enraizados, às 17h de amanhã, durante um evento em homenagem ao dia das mães.
O documentário também tem lançamento previsto em Nancy e Blanc Mesnil (França) e, provavelmente, em Rotterdam (Holanda), nos próximos meses.
Além das mães dos rappers, participam do filme Jana Guinond, atriz; Dedé Barbosa, um morador do bairro desde que nasceu, cujo filho foi vítima da violência; e o sociólogo Luiz Eduardo Soares.
As mães dos MCs Leo da XIII, Átomo, Kall, Lisa e Dudu do Morro Agudo enfrentaram dificuldades financeiras, a quase total ausência de serviços públicos e problemas com a violência, dentro e fora de casa, para criarem os futuros rappers.
Três deles quase não nasceram para contar a história.
Dona Evanil, mãe do MC Átomo, conta que teve seu filho confundido com um mioma (tipo de câncer) quando estava grávida. Mesmo quando foi ter o filho, os médicos reafirmaram que ela tinha um câncer, e não um bebê.
O marido de Giselda, mãe de Leo da XIII, tinha problemas com bebida. O vício impediu que ele a acompanhasse para o hospital, no momento de dar a luz. Sem acesso a transporte público, ela teve que andar três quilômetros até o hospital. Quando chegou lá, os médicos disseram que não havia leitos e por pouco ela não tem o bebê no corredor.
“A saúde pública aqui é uma parada muito precária”, conta Dudu do Morro Agudo, diretor do filme. Ele mesmo quase não veio ao mundo. Sua mãe, D. Lúcia, chegou a pensar em abortar o filho.
Conseguir nascer seguramente não foi o único obstáculo enfrentado pelos cinco rappers. A ausência das mães, que passavam o dia todo longe, trabalhando pelo sustento da família, também foi muito marcante.
- Aqui no morro, as mães não participam da criação do filho. Elas têm que trabalhar pelo sustento. O filho é criado pela rua. E é normal aqui sair para comprar pão e encontrar gente porta na rua. Enquanto a mãe está trabalhando, a droga circula nas ruas - conta Dudu.
O hip hop foi um caminho alternativo ao ambiente de drogas e violência para Leo da XIII, Átomo, Kall, Lisa e Dudu do Morro Agudo. “O hip hop nos deu a capacidade de escolher”, explica Dudu.Mas ainda tinha o preconceito. Era difícil a comunidade aceitar um movimento musical feito por negros.
- Todos os MCs são negros. Tem discriminação racial mesmo aqui. A molecada tem uma auto-estima muito baixa. Tudo que é branco é bom; preto não presta - diz o diretor do documentário.
O preconceito se estendia às mães dos rappers. “Para mim, hip hop era coisa de bandido”, dizia Dona Lúcia. A opinião, entretanto, mudou quando D. Lúcia percebeu que a música promovia não a proximidade, mas o afastamento das drogas e da violência.
- Até hoje, se você perguntar para elas, as mães não sabem dizer o que hip hop. Mas apoiam. Só que elas não apoiam o hip hop pelo macro, pelas causas por que lutamos. Elas apoiam porque pensam: “o hip hop vai salvar o meu filho” - explica Dudu do Morro Agudo.
O apoio das mães aos filhos rappers gerou uma situação curiosa: a presença delas nos shows. “Eu acho super-maneiro, mas tem cara que não gosta porque tem vergonha”, admite Dudu.
Mas embora já aceitem o hip hop e reconheçam valor nele, as mães ainda não o consideram uma boa opção profissional.
- Ela diz que “queria que o filho fosse outra parada”. Minha mãe queria mesmo era que eu fosse da farda. Para elas, ter profissão é carteira assinada. Não enxergam muito futuro no hip hop - afirma.
Assumindo a responsa
Aos 20 anos, Dudu do Morro Agudo passou para o outro lado: foi pai e teve que se virar para cuidar da filha Beatriz, hoje com nove anos.
- Não sofri mais porque tive ajuda da minha mãe e da minha sogra. Mas tive que trabalhar de carteira assinada, num lugar que não me valorizava, para poder dar um futuro maneiro para minha filha.
Rindo, conta como a mãe encarou a situação:
- Minha mãe fala no filme que eu sempre quis liberdade. Todo mundo no bairro tinha liberdade. Eu nunca tive. Daí ela diz: ‘quando dei liberdade, ele virou pai. É esperto, é malandro? Não é’.
Dudu do Morro Agudo me conta também como ele e os outros quatro MCs deixaram de ser filhos e passaram a ter um papel de liderança no morro, fundando o Movimento Enraizados.
- O Enraizados hoje está presente em 17 estados e o nosso site tem 600 mil acessos por mês. Essa galera que não ia nem nascer hoje fala para esse povo todo - brinca.
Os cinco MCs, juntamente com outras pessoas do movimento, trabalham com a juventude da comunidade, tentando mostras oportunidades e novos pontos de vista. Admitem que nem sempre é fácil.
- É uma parada sofrida. Ta todo mundo andando de nike. Aí o cara pensa: “porque eu não vou andar?”. Não dá para a galera ficar nessa de consumismo e ter roupa de marca. Mas não é fácil não - desabafa Dudu.
Originalmente no +
Compartilhe: :

0 comentários :

Postar um comentário

Gostou? Não gostou? O link quebrou?
Agradecemos o seu comentário!

Mande Um Salve

Parcerias

Seguidores

Widgeo

 
Home; Broken Links; Contato;
Copyright © 2013. SOUMZAUN
Follow Twitter; Follow Facebook; Follow Feed;