DJ Slick, do DMN, que fará show no Ceu Guarapiranga, acha “inadmissível” não haver shows de rap no centro. “Acho um desrespeito com a nossa cultura. O hip-hop existe há mais de 20 anos e está presente na cidade toda. Não poderia ficar de fora.” Para ele, salvo exceções, a cultura hip-hop “é a que mais se preocupa com não haver violência, mas estranhamente, é a mais associada a ela”.
“Vergonhoso”, disse Renan Assunção, o Diamantee, produtor independente de rap. Ele afirma que há cerca de 4 mil grupos registrados na cidade. “São Paulo é como se fosse a Nova Iorque do rap. Não podemos ficar sem divulgar esse pessoal.”
Fora da região central de São Paulo, os sete shows de rap programados são: Kamau, Fênix, DMN, RZO, Nelson Triunfo, Rota de Colisão e Max BO (veja programação abaixo). No centro, haverá um show em tributo a Tim Maia, que terá Instituto, Bnegão, Thalma e Dafé. Este show terá músicas do gênero, mas não é o foco da atividade.
Em entrevista ao Último segundo, o organizador da Virada, José Mauro Gnaspini, falou sobre o assunto. “No ano passado, nós montamos um palco exclusivo para rap e hip-hop no Parque Dom Pedro II. O problema foi que isso, ao invés de integrar, segregou o gênero. Por isso, este ano resolvemos misturar rap e hip-hop com outros gêneros. Não fizemos nada exclusivo, justamente para não separar”, explicou.
“Vergonhoso”, disse Renan Assunção, o Diamantee, produtor independente de rap. Ele afirma que há cerca de 4 mil grupos registrados na cidade. “São Paulo é como se fosse a Nova Iorque do rap. Não podemos ficar sem divulgar esse pessoal.”
Fora da região central de São Paulo, os sete shows de rap programados são: Kamau, Fênix, DMN, RZO, Nelson Triunfo, Rota de Colisão e Max BO (veja programação abaixo). No centro, haverá um show em tributo a Tim Maia, que terá Instituto, Bnegão, Thalma e Dafé. Este show terá músicas do gênero, mas não é o foco da atividade.
Em entrevista ao Último segundo, o organizador da Virada, José Mauro Gnaspini, falou sobre o assunto. “No ano passado, nós montamos um palco exclusivo para rap e hip-hop no Parque Dom Pedro II. O problema foi que isso, ao invés de integrar, segregou o gênero. Por isso, este ano resolvemos misturar rap e hip-hop com outros gêneros. Não fizemos nada exclusivo, justamente para não separar”, explicou.
O músico independente Marcelinho O'Rapper discorda das explicações de Gnaspini. Para ele, “além de acabar com palco, diminuíram a quantidade”. Mas, ainda assim, concorda com a necessidade de distribuir os shows por toda a cidade. “O rap podia estar pulverizado em todos os cantos da cidade. Já que tem várias facetas, o rap que está mais relacionado com samba, pode ser tocado em palcos de samba; o rap mais sofisticado, misturado com jazz, poderia estar em palcos de jazz e assim por diante”.
Racionais na Sé
Em 2007, durante o show dos Racionais MC's na Praça da Sé, houve confrontos entre a polícia e o público. Na ocasião, um carro foi queimado e 11 pessoas foram detidas. No ano seguinte, o palco de Rap foi deslocado para o Parque Dom Pedro II. Além de afastado da região onde estavam concentradas as atividades do centro, o parque é cercado e o público passou por revista da polícia.
Para alguns entrevistados, o show dos Racionais MC's na edição de 2007 na Praça da Sé pode ter relação com a decisão, mas não justifica a exclusão. “Independente de quem foi o responsável, a gente deveria se colocar. Me incluo nessa. Acho que os rappers deveriam ter ido à prefeitura conversar e colocar tudo em panos limpos. Nessas brigas, a corda sempre estoura para o lado mais fraco e a gente acaba perdendo nosso espaço”, protestou Thaíde.
O DJ Slick, do DMN, acredita que os rappers deveriam se organizar para cobrar da Secretaria da Cultura o motivo pelo qual foram excluídos do centro. Mas também entende que os rappers estão pouco organizados e que devam assumir mais sua condição de artista. “Devíamos aparecer mais na TV e no rádio. Deixamos de fazer isso quando tivemos a oportunidade anos atrás”.
Thaíde vê o mesmo problema. “Temos que ter uma atitude mais profissional. Se não assumirmos essa atitude, vai ser difícil conseguirmos nosso espaço”. Para Diamantee, "não adianta falar que 100% de culpa é da polícia. Embora haja, sim, perseguição, falta organização da nossa parte”.
Originalmente no +
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